Teatro Nacional de São Carlos

Residências Artísticas nas Escolas

RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS NAS ESCOLAS

Desenhado pelo Ministério da Cultura e pelo Ministério da Educação, o projeto Residências Artísticas (R–A) leva, com o apoio dos municípios, a música, a dança e o teatro a alunos de escolas de norte a sul do país.

Depois do projeto-piloto em Caxinas (Vila do Conde em 2016–2017), a primeira edição da iniciativa Residências Artísticas — São Carlos nas Escolas decorreu no ano letivo de 2017–2018.

Através do Programa de Educação Estética e Artística, mais de 100 alunos receberam nas suas salas de aula os músicos da Orquestra Sinfónica Portuguesa Duncan Foxe David Harrison.

Participaram nas Residências Artísticas cinco agrupamentos de escolas representando os concelhos de Loulé, Sines, Viseu, Barcelos e Freixo de Espada à Cinta. Durante uma semana os alunos descobriram, ao lado do músico residente, sons e significados, instrumentos improváveis, o valor do trabalho de equipa, a harmonia do conjunto, desenvolvendo o conhecimento musical e do mundo, experimentando um trabalho de cumplicidade pessoal e artística. Os alunos foram parte de uma experiência cultural e educativa singular, um processo de aproximação a uma nova realidade que, certamente, operou uma transformação da forma como percecionam a criação e a fruição artísticas.

O resultado final de cada Residência Artística foi apresentado publicamente a cada comunidade educativa: momento da partilha com os outros, num espetáculo em que o grupo aprofunda os valores da responsabilidade conjunta, revela respeito pela diversidade, mostra a alegria do prazer cumprido e o envolvimento com a experiência artística.

Em junho passado, no palco do Teatro Camões, todos os alunos e os seus professores voltaram a reencontrar-se e partilharam com autarcas e decisores políticos, de viva voz, as experiências vividas ao longo do ano nestas Residências, num registo de grande alegria e emoção.

O balanço das R–A exige agora que sejamos ousados: em 2018–2019 à música da Orquestra Sinfónica Portuguesa junta-se o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, a dança da Companhia Nacional de Bailado, o teatro do Teatro Nacional D. Maria II e do Teatro Nacional São João, a música da Casa da Música, e da Orquestra Clássica do Sul, desafiando mais uma vez os Agrupamentos Escolares e as autarquias a integrarem as práticas artísticas no dia a dia dos seus alunos.

A iniciativa Residências Artísticas alarga-se agora a todo o país, garantindo um papel central na aproximação das escolas às Artes, contribuindo para o desenvolvimento do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, através da promoção da sensibilidade estética e artística, enquadrada por uma vivência cidadã que se quer inclusiva, porque só assim será plena.
Mapa Residências Artísticas nas Escolas

FORMADORES DO TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS:
Duncan Fox (contrabaixo), Elizabeth Davis (percussão),
Jorge Rodrigues (voz), Veliyana Yordanova (violino)

As datas de realização de cada residência artística em cada local serão em breve anunciadas.

Uma educação sem arte é incompleta. A fruição estética e a educação artística são condições essenciais para um desenvolvimento integral. A arte faz ver que outros mundos são possíveis, que as emoções são essenciais para uma boa tomada de decisão. A arte é uma arma para a consolidação da cidadania e da democracia. Quem tem medo da democracia tem, geralmente, medo dos artistas. A arte faz-nos sentir bem.
A educação deve gerar bem-estar e, por isso, a arte faz-nos falta.

JOÃO COSTA
Secretário de Estado da Educação

Com o objetivo de ancorar as práticas artísticas no dia a dia das escolas, o Programa de Educação Estética e Artística tem vindo a desenvolver uma estratégia integrada, a nível nacional. É neste contexto que se projetam as Residências Artísticas, através de um percurso libertador e imprevisível, em que as crianças e os professores envolvidos têm a possibilidade de estabelecer um diálogo feito de partilhas e cumplicidades com os artistas convidados. À descoberta de um novo imaginário, o espaço da sala de aula altera-se e as crianças são agora transportadas para um novo cenário onde poderão vivenciar experiências marcantes, para enfrentarem o desconhecido com soluções criativas.

CARLA ROSA
Coordenadora do Programa de Educação Estética e Artística

As práticas culturais participativas centram-se na criança e no processo de aprendizagem e, por isso mesmo, consolidam um desenvolvimento cultural sustentável.

CARLOS VARGAS
Presidente do Conselho de Administração do OPART, EPE